São dicas fáceis de pôr em prática. Poupa no ambiente e… na carteira!

1. Prefira uma casa mais eficiente energeticamente
A localização de um edifício é muito importante no que respeita às necessidades térmicas e consumo de energia. Destas necessidades resulta o Certificado Energético que é obrigatório apresentar para a venda ou arrendamento. Este apresenta um conjunto de informações atribuindo uma classificação A+ (mais eficiente) até F (menos eficiente) e é válido por 10 anos para edifícios de habitação;

2. Prefira um local arejado e bem servido de transportes públicos.
Se lhe for possível habitar próximo do seu local de trabalho, desloque-se a pé. Far-lhe-á bem à saúde e contribuirá para um ambiente mais saudável;

 

 

 

 

3. Tire partido do Sol para aquecimento.

O Sol é a nossa maior fonte de energia. Pode usá-lo em seu benefício, durante a estação fria, escolhendo uma casa maioritariamente orientada a Sul. Assim é possível controlar a radiação. Quando a deixamos incidir nas janelas de vidro, o espaço interior aquece de forma natural.

4. Impeça o sol de incidir nas janelas durante a estação quente.

Para evitar o aquecimento indesejado, verifique se as janelas voltadas a sul, possuem uma proteção pelo lado exterior do vidro: uma pala, persiana ou até vegetação (de folha caduca no Inverno).

5. Controle as janelas orientadas a nascente (Este) e/ou poente (Oeste).

Nestas orientações são obrigatoriamente necessárias proteções exteriores, pois é nestas orientações que o sol incide mais horizontalmente. É imperativo, durante a situação de Verão, correr estas persianas, protegendo o vidro, pela manhã a Nascente e ao final da tarde a Poente.

6. Reserve a orientação Norte a divisões que necessitem de poucas aberturas (ou mesmo nenhumas) para o exterior.

Como W.C.s, roupeiros ou arrumos. É nesta orientação que se originam grandes perdas térmicas através do vidro durante a estação fria. Para o evitar, há que proteger o vidro pelo interior.

7. A área de envidraçado de uma divisão não deve ultrapassar 15% da área de pavimento dessa divisão.

As fachadas envidraçadas originam grandes ganhos térmicos na estação quente e perdas térmicas muito consideráveis durante a estação fria, o que, em grandes áreas de vidro, implica sistemas de climatização adicionais para corrigir este efeito.

8. Tire partido do Sol para iluminação.

Prefira divisões iluminadas naturalmente para minimizar a necessidade de iluminação artificial. Existem no mercado equipamentos de transporte de luz natural para divisões não iluminadas que canalizam a luz do exterior para o interior.

9. Opte por lâmpadas de baixo consumo.

Sempre que necessária a iluminação artificial prefira a localizada (só apenas onde é de facto necessária).

10. Prefira, sempre que possível, electrodomésticos de Classe A.

A legislação comunitária acabou com as classes A+, A++ e A+++ das etiquetas de vários eletrodomésticos, passando a etiqueta a ostentar uma escala mais simples de interpretar, de A (mais eficiente) a G (menos eficiente).

11. Verifique o Livro de Obra Eletrónico ou a Ficha Técnica da Habitação de sua casa.

O Decreto-Lei n.º68/2004 de 25 de março estabelece normas com o objetivo de reforçar o direito dos consumidores à informação no momento de adquirir um imóvel para habitação. A Ficha Técnica de Habitação deve ser entregue, no ato da escritura, ao comprador. Apesar de na Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2017, de 5 de junho, o Governo ter decidido proceder à criação do livro de obra eletrónico e à extinção da Ficha Técnica de Habitação, este é ainda um processo em desenvolvimento.

12. Prefira um material de isolamento com um baixo índice de condutibilidade térmica, mas com baixo teor de energia incorporada.

O isolamento térmico se bem colocado evita perdas de calor no Inverno ou ganhos de calor no Verão, mantendo assim uma temperatura constante no interior de sua casa. Em edifícios novos ele deve ser sempre colocado pelo lado exterior das paredes exteriores.

13. Verifique as caixilharias e o vidro.

As caixilharias com corte térmico e vidro duplo, são as que são fabricadas de forma a promover uma redução da transmissão térmica entre 40% a 60%, logo as mais indicadas do ponto de vista de conservação de energia.

14. Dê especial importância aos materiais utilizados.

Prefira os recomendados pelo PCS. Na base de ecoprodutos poderá encontrar os materiais mais adequados, informando-o sobre o poder de reutilização ou reciclagem e ainda sobre o seu impacte ambiental.

15. É importante escolher materiais homologados e/ou com marcação CE.

Nos casos mais importantes, solicite os certificados de conformidade de acordo com as especificações aplicáveis, emitidos por entidades idóneas e acreditadas, seguindo as instruções dos fabricantes para a aplicação dos mesmos.

16. Verifique se a cobertura do edifício (terraço ou telhado), está adequadamente isolada.

Poderá fazê-lo através da FTH ou do Livro de Obra Eletrónico. Consulte as soluções construtivas recomendadas no PCS.

17. No pavimento em contacto com o solo, opte por isolamento térmico imputrescível e resistente à água.

Pode ainda optar por uma caixa-de-ar. Verifique ainda se possui impermeabilização para evitar perdas térmicas ou outras patologias associadas através do solo.

18. Promova durante a utilização, renovações do ar interior.

É muito importante para que se mantenham as condições de salubridade no interior nos edifícios. Uma casa insuficientemente ventilada poderá gerar humidade através dos vapores que se formam, afectando o conforto ou mesmo a saúde dos habitantes.

19. Atenção às cores utilizadas nas fachadas e coberturas.

Estas também influenciam o conforto térmico. Seja selectivo na escolha da cor de sua casa, considerando que, as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores mais escuras.

20. Se possível instale equipamentos que promovem o consumo de energia renovável.

De entre os vários existentes no mercado destacam-se:

  • os painéis solares térmicos que captam a energia do sol e a transformam calor;
  • os painéis solares fotovoltaicos, que por meio do efeito fotovoltaico, a energia contida na luz do sol é convertida em energia eléctrica;
  • painel solar híbrido que Permite a produção combinada de água quente e eletricidade.
  • as bombas de calor geotérmicas, que aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento do ambiente;
  • mini-turbinas eólicas, o vento aciona estes sistemas para fornecer eletricidade a uma microescala.

21. Poupe água.

Existem no mercado torneiras de regulação do fluxo de água, que permitem reduzir o caudal estimulando a poupança deste recurso. Se a casa que vai habitar não possui estas torneiras, existem peças acessórias redutoras de caudal.

22. Verifique se os autoclismos são providos de dispositivos de dupla descarga que induzem poupança de água.

Pode colocar uma garrafa de plástico, dentro do autoclismo para diminuir o consumo de água em cada descarga.

23. Se possível instale mini estações de tratamento de água ou mini cisternas de armazenamento de águas pluviais.

A água armazenada e/ou tratada pode ser usada em descargas não potáveis.

24. Verifique se no prédio existe espaço destinado a contentores adequados à separação de resíduos domésticos.

No caso de vir a habitar um edifício de vários condóminos.

25. Coloque em sua casa um depósito de separação de resíduos domésticos.

Pelo menos com três divisões para estimular a separação destes resíduos.

 

Para terminar…

se tiver oportunidade de reabilitar em vez de construir de novo, e se essa opção for economicamente viável, está desde logo a ter uma atitude mais sustentável.

REABILITE SEMPRE QUE POSSIVEL!
Veja também

Start typing and press Enter to search