ecoprodutos que contribuem para o consumo eficiente de  ENERGIAenergia

É um facto aceite a nível mundial que a atividade humana está a provocar um aquecimento do planeta e que os edifícios são responsáveis por aproximadamente metade das emissões de gases com efeito de estufa que contribuem para esse aquecimento. A climatização e iluminação dos edifícios, que é feita na maioria das vezes com recurso a combustíveis fósseis (como o gás natural, o carvão e o petróleo) ou eletricidade são, direta ou indiretamente, as fonte de maior emissão de CO2 (dióxido de carbono), o principal gás com efeito de estufa. As emissões de CO2 têm aumentado desde a revolução industrial e continuam a aumentar apesar dos acordos internacionais estabelecidos na Cimeira da Terra no Rio de Janeiro ou o Protocolo de Quioto.

Isto pode explicar-se por três motivos:

– O aumento da população (atualmente alcança os 6000 milhões e espera-se que chegue aos 10 000 milhões antes do ano de 2050);

– A reabilitação de edifícios, em detrimento da nova construção, é ainda insuficiente, verificando-se a um ritmo mundial inferior a 2% por ano;

– Os níveis de consumo cada vez mais altos, marcados nos países desenvolvidos pelo aumento do uso de ar condicionado, de aparelhos eléctricos variados e viagens cada vez mais frequentes; e nos países em desenvolvimento, pelo acesso a bens básicos que implicam gasto energético.

As emissões de CO2 têm aumentado desde a revolução industrial e continuam a aumentar apesar dos acordos internacionais estabelecidos na Cimeira da Terra no Rio de Janeiro ou o Protocolo de Quioto.

Se 50% do fenómeno do aquecimento global resulta do emprego de combustíveis fósseis nos edifícios, mais de metade dos restantes 50% é gerado no transporte de pessoas e mercadorias entre os edifícios.

Os aglomerados urbanos (cidades) são responsáveis por 75-80% de todas as emissões de CO2, produzidas pelo homem e constituem a principal causa do aquecimento global. Atualmente os debates centram-se em apresentar números para o aquecimento global; os cálculos variam desde 1,5ºC a 4ºC em 100 anos. Considerando a vida útil dos edifícios (normalmente de 50 a 150 anos), resulta que muitos dos que se desenham hoje terão que suportar condições de temperatura muito diferentes no futuro.

O termo “aquecimento global” sugere um aquecimento uniforme. Mas, na verdade, estão a produzir-se as chamadas alterações climáticas e existe uma grande instabilidade regional. Por exemplo, aumenta a intensidade da precipitação e os ventos são mais fortes, o que resulta numa maior dificuldade em caracterizar o clima em função das estações do ano. Por outro lado, a seca origina uma agricultura insustentável em zonas que antes eram produtivas e, consequentemente, há países que começam a depender de ajudas exteriores para obter certos alimentos, o que condiciona a sua sustentabilidade. O aquecimento global também faz aumentar a temperatura das águas do mar, o que contribui para o degelo e, consequentemente, para a subida do nível das águas.

Se 50% do fenómeno do aquecimento global resulta do emprego de combustíveis fósseis nos edifícios, mais de metade dos restantes 50% é gerado no transporte de pessoas e mercadorias entre os edifícios!

A maioria dos nossos edifícios foi desenhado sem a mínima preocupação com a conservação de energia, pois durante muito tempo não houve qualquer preocupação com o seu consumo. A energia era então abundante e não havia conhecimentos sobre o fenómeno do aquecimento global. Os arquitetos, engenheiros e demais intervenientes no processo construtivo, confiavam na ilimitada disponibilidade de energia para climatização, iluminação e para outros equipamentos.

Os edifícios de serviços são totalmente equipados com ar condicionado e muitas das suas fachadas completamente envidraçadas, contribuindo, em muitos casos, para o chamado “efeito de estufa” nas estações mais quentes e arrefecimentos significativos nas estações mais frias.

Em muitos centros urbanos, no sector residencial, , começa a verificar-se, nas zonas periféricas, a construção de moradias isoladas, ou em banda, como substituição de prédios multifamiliares, dando origem a uma expansão da superfície de solo impermeabilizada, incapaz de manter o transporte público, estimulando o uso do carro particular, o que aumenta as emissões de carbono.

A maioria dos nossos edifícios foi desenhado sem a mínima preocupação com a conservação de energia, pois durante muito tempo não houve qualquer preocupação com o seu consumo.

A Energia é um elemento essencial na procura da sustentabilidade. O consumo de combustíveis fósseis nos edifícios representa, aproximadamente, metade de toda a energia que se consome no mundo. A climatização, a iluminação e a ventilação dos edifícios baseia-se na combustão do petróleo, gás ou carvão no edifício ou numa central geradora.

O problema essencial está na relação entre o consumo de combustíveis fósseis e nas emissões de CO2, e não no consumo de energia em si. Se a sociedade pudesse gerar toda a energia de que necessita a partir de fontes renováveis, este conflito não se colocaria da mesma forma, ou não seria por certo tão problemático e preocupante. (atenção que poderiam existir outros conflitos, por exemplo, em termos de localização).

Portugal está numa posição de incumprimento dos objectivos a que se comprometeu no âmbito do Protocolo de Quioto. Atendendo a que Portugal tinha permissão para aumentar as suas emissões de gases com efeito de estufa em 27%, em relação a 1990, e estava, em 2004, 41,5% acima, surge a necessidade de uma alteração de comportamentos e hábitos a vários níveis, apostando fortemente numa política de conservação de energia e energias renováveis!

  1. ENERGIA_boas práticas;
  2. ENERGIA_energia passiva;
  3. ENERGIA_energias renováveis;
  4. ENERGIA_legislação.

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